23 de jan. de 2010

Agressão Santa


O líder nos permite expressar impulsos proibidos e desejos secretos. Há lideres que nos seduzem porque não parecem ter os conflitos que temos. O líder elimina o terror e permite que nos sintamos onipotentes.

Muitas vezes a importância do líder vem do fato de que é ele quem realiza o mágico ato iniciador: pode ser qualquer coisa, desde um juramento até um ato sexual ou assassinato.

A lógica desse ato é que aquele que primeiro cometer um assassinato é o assassino; todos os outros são seguidores.

Atos que são ilegais para o indivíduo podem ser justificados se todo o grupo partilhar da responsabilidade por eles (Freud, Totem e Tabu).

Aquele que inicia o ato assume o risco e a culpa. O resultado é realmente mágico: cada membro do grupo pode repetir o ato sem culpa. Eles não são culpados, só o líder é. A participação no grupo redestila a realidade cotidiana e dá a ela uma aura de sagrado.

Tudo isso nos leva a refletir melancolicamente sobre como o homem médio é não-heroico, mesmo quando segue heróis. Ele simplesmente os sobrecarrega com sua bagagem usando os líderes como desculpa. (foto acima é referência à famíla Manson)

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