18 de jul. de 2013

7 Explicações

Depois de muitos anos assistindo a filmes, lendo romances, ouvindo lendas antigas, não dá aquela impressão de que as histórias se repetem? Bom, não são exatamente as histórias que se repetem, mas os roteiros que estão por detrás delas. Christopher Booker decifrou os principais roteiros usados pela história Ocidental, e embora tenha recebido muitas críticas, no geral a proposta é interessante. Os roteiros são:

1-Superando o monstro: O herói é chamado para enfrentar e superar uma terrível e mortal personificação do mal, como em Star Wars e James Bond. Ao fazer isso, ele trás de volta a ordem ao mundo que foi ameaçado pela presença monstruosa.

2-Da pobreza a nobreza: Algum jovem e desconhecido herói de origem humilde é eventualmente elevado a um estado de grande esplendor e felicidade, através de um caminho cheio de obstáculos, como em Cinderela e Jane Eyre

3-O desafio: O herói oprimido é atraído para algum desafio num lugar distante. Há algumas pequenas aventuras que são resolvidas ao longo do caminho, mas a história só se completa quando o herói alcança seu objetivo e vive feliz daí em diante. Exemplos deste tipo de roteiro foram vistos em Senhor dos Anéis (The Hobbit) e o Mágico de Oz

4-Viagem e Retorno: O herói é abruptamente transportado para fora de seu mundo ordinário para um mundo excepcional, enfrenta dificuldades e eventualmente volta para seu lugar de origem acumulando algum aprendizado, como em Alice no País da Maravilhas e as Viagens de Gulliver

5-Comédia: Não significa exatamente uma história engraçada, mas uma onde os personagens no final conseguem o que querem. A chave da comédia é a transição entre dois estados: no primeiro, que persiste ao longo de quase toda a história, nada parece ser claro e as pessoas têm identidades obscuras e incertas; na segunda parte, tudo se esclarece. É quando alguma figura do mal é desmascarada e tudo fica claro. Exemplo: Quatro casamentos e um funeral.

6-Tragédia: Este é o roteiro onde o herói não consegue o que quer e acaba destruído, como em Romeu e Julieta e a Pintura de Dorian Gray

7-Renascimento: Numa versão mais leve da tragédia, aqui o herói cai sob a sombra de algum vilão e quase chega a morrer, quando alguma outra figura aparece e salva a situação. Em geral a figura salvadora é alguma cara-metade do herói ou uma criança. Exemplo: Bela Adormecida e Branca de Neve e os Sete Anões.

Histórias mais complexas podem usar combinações dos roteiros acima. Há ainda um tipo especial de roteiro: Mistério, quando se revela o olhar de um detetive sobre algum dos tipos de história acima.

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