Uma das soluções éticas, introduzidas pelos ingleses, defende a importância das consequências dos nossos atos -- ao invés de guiar-se por princípios ou pela virtude. A ação correta seria aquela que maximiza o bem estar e a felicidade de todos.
Por esse princípio torturar alguém para obter informação que evite uma ação terrorista, por exemplo, é considerado eticamente correto, embora por princípio a tortura seja condenável.
Jeremy Benthan, um importante utilitarista inglês, defendia ações diretas ou regras que resultassem na maior intensidade, duração, proximidade, continuidade e pureza de felicidade para todos. Embora isso possa ser difícil de medir com exatidão, é uma forma atraente de se pensar.
Mas um desafio interessante foi criado por Bernard Willians, chamado de "Pedro e os nativos". Suponha que você encontre um oficial cruel que aprisionou 20 nativos que promete matá-los a menos que você mate um deles e então ele soltaria os outros 19. O que você faria? Em nome de libertar 19 você mataria alguém inocente?
Pela regra do utilitarismo acima, sim. Mas, isso implicaria responsabilizá-lo pelos atos errados de outros quando você deixa de fazer algo terrível para contê-los, ou quando você faz algo para ajudar -- como salvar a vida de alguém -- mas que depois eventualmente revela-se um serial killer. Má escolha?
Somos diariamente confrontados com situações que nos levam a agir por princípios (religiosos, familiares etc dos latinos) e por outro lado temos uma pressão utilitarista por resultados, claramente a forma inglesa e americana de pensar (como claramente modelado pelos MBA americanos).
Afinal, parece que agir por princípios funciona melhor nas pequenas coisas da vida pessoal e a política do utilitarismo é mais útil em grandes projetos públicos e privados, onde se avalia os resultados pela média, num prazo mais longo.
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