14 de fev. de 2013

É você, e não a situação!


Um homem caminha pela rua e deixa cair seus papéis. Outro que vinha em sua direção simplesmente segue em frente e não oferece ajuda. Por que você acha que ele não parou para ajudar?

Se você responder "Bem, ele é uma pessoa individualista e não costuma ajudar estranhos", provavelmente estará cometendo um erro de atribuição.

As pessoas têm tendência a dar explicações baseadas num julgamento de personalidade, ao invés de avaliar fatores situacionais. No caso acima, você poderia avaliar a situação e dizer: "Bem, ele estava atrasado para uma reunião importante. Mas normalmente ele ajudaria."

Algo totalmente diferente acontece quando estamos explicando o nosso comportamento. Em geral costumamos inverter a atribuição: assumimos que nossas motivações e comportamentos são uma reação à situação e não devido à nossa personalidade.

A má notícia é que mesmo estando cientes disso, é muito difícil evitar esse erro. Até mesmo quando se trata de grupos, ele persiste: achamos que o comportamento das pessoas fora do grupo é motivado pela personalidade delas enquanto que decisões de nosso próprio grupo são devido à regras e restrições existentes para aquela situação. Esse comportamento tende a ficar mais intenso em situações de muita disputa e rivalidades.

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