A sociedade em que todos são total e mutuamente comparáveis não pode ser, por definição, isenta de inveja e ressentimento entre seus indivíduos.
O que preserva as democracias modernas da anarquia do ressentimento não é a igualdade de fato mas a existência de instituições e a herança ética de ideais culturais e religiosos.
Estes, por sua vez, habilitam um número razoável de cidadãos a reconhecerem limitações nas comparações entre eles, na forma de submissão a princípios maiores, e assim assegurar alguma paz social.
É apenas porque muitos de nós estamos de fato aceitando que há um destino pessoal, antes de pensar num destino coletivo, é que temos relativamente menos dinâmicas de pre-revoluções do que seria esperado somente do conceito de igualdade.
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