11 de out. de 2008

Visão

Todos nós temos, em diversos momentos, uma imagem objetiva de um futuro que imaginamos criar. Mas, dizer “o que queremos” é diferente de dizer “o que queremos evitar”.

Essa sutileza no pensamento, de como abordar uma visão, leva a maneiras completamente diferentes de agir. Infelizmente, a segunda forma de pensar é muito mais comum que a primeira. Muitos de nós só nos unimos para perseguir uma ideia sob ameaça. Isso significa tentar evitar o que não queremos – como ir a falência, perder o emprego, perder prestígio etc.

Essas visões negativas são ainda mais comuns no domínio público, onde somos martelados com campanhas sobre evitar drogas, evitar o fumo, evitar a guerra, evitar a violência. Mas, as visões negativas, embora poderosas para nos mover, tem algumas sérias limitações.

A energia que poderia ser usada para construir algo novo é desviada para tentar prevenir que aconteça algo que não queremos. Essas visões negativas carregam um mensagem discreta de irreparável descaso pela ação produtiva: ou seja, só nos unimos para agir sob suficiente ameaça. E por último, podemos ver claramente que essa forma de agir é de curto prazo: uma vez que a ameaça se vai, junto vai a motivação para a mudança e tudo volta a ser como antes.

Embora o medo produza extraordinária quantidade de energia, o processo é de curto prazo. Apenas visões ligadas a uma inspiração positiva podem durar mais e levar a uma aprendizagem consistente. Ainda assim, muitas visões positivas morrem antes de darem algum resultado.

Nenhum comentário: