São três os caminhos
que desenvolvemos para aliviar isso: o tecnológico, com suas engenhocas para
dominar a natureza; as leis para nos proteger das incertezas de comportamentos
alheios; e a religião, com suas forças superiores regulando nosso futuro.
Ambiguidade e incerteza não devem ser
confundidas com aversão ao risco. A incerteza está para o risco assim como a
ansiedade está para o medo. Risco e medo são dirigidos para eventos e objetos
específicos, enquanto que a incerteza e a ansiedade não tem objeto claramente definido. Está mais para aquele aperto no estômago, duro de passar. Porém, assim que uma incerteza é expressa como risco ela deixa de ser
fonte de ansiedade. É assim com tarefas rotineiras, como dirigir um carro ou
certos esportes perigosos: são arriscados porém calculados.
É por isso que pessoas com aversão à incerteza e ambiguidade adoram estruturas e procuram, paradoxalmente,
se engajar em comportamentos de risco só para diminuir a ansiedade.
Exemplo: um rapaz que
começa logo uma briga arriscada, ao invés de sentar e esperar: isso tudo para
reduzir a ansiedade do que poderá vir a acontecer se ele apenas aguarda os
próximos eventos, incertos.
Ambientes com pessoas
com forte aversão à incerteza tem várias características peculiares, sempre
tratando o diferente como perigoso:
- há uma necessidade
emocional para regras, mesmo que não sejam cumpridas;
- há uma necessidade
de mostrar-se sempre ocupado;
- há necessidade de
precisão e formalização nos acordos;
- há forte dependência
de especialistas para buscar soluções;
- comandantes em geral
estão mais envolvidos com tarefas diárias do que assuntos estratégicos;
- pessoas são fracas
em inventar e mais focadas na implementação e entrega de alguma coisa;
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